A mente humana, o lugar mais fascinante para se estar, cheia de padrões de pensamentos mas, ao mesmo tempo tão singular a ponto de definir cada indivíduo de forma tão única, capaz de tornar especial nossa insignificante existência no universo.
Pedro tinha uma certa noção disso, mas ainda tentava entender toda essa complexidade que é a mente humana. Ele possuía a habilidade de ler mentes, ouvir os pensamento dos outros, mas não nasceu com essa habilidade, foi adquirida através de seu pai, quando completou 18 anos, depois de um ritual secreto que é feito por sua família toda vez que um filho mais velho completa 18 anos.
Essa habilidade é passada de geração em geração e está em sua família há mais de 23 gerações, diziam seus avós quando ele era criança, que deuses do espaço trouxeram consigo uma sabedoria gigantesca dispostos à passa-la aos humanos, mas ao ver tamanha destruição que causava à humanidade, decidiram fragmentar e compartilhar apenas algumas partes com diferentes grupos ao redor do planeta, e em um desses grupos estava um distante ancestral de Pedro.
Ele agora estava com 22 anos, há 4 anos aprendia a lidar com esse novo jeito de ver o mundo ao seu redor. Ele já havia aprendido a controlar sua habilidade e somente ler pensamentos quando quisesse. No começo foi uma loucura, ele teve de ficar trancado por 6 meses numa cabana isolada longe de todos, numa floresta na propriedade da família, pois quase enlouqueceu com tantos pensamentos que ouvia ao mesmo tempo.
Após muitos exercícios e meditações, ao aprender a se controlar, ele resolveu voltar para a cidade grande e entrar para a universidade e cursar psicologia.
Depois de algumas semanas tranquilas de aulas, logo começaram as provas. Pedro não havia estudado para a prova de “Raízes do Pensamento” e estava cogitando ler a mente de seus colegas para obter as respostas. Apesar de ter essa habilidade, ele sempre evitou fazer maus usos dela e colar era um deles, mas ele não podia entregar a prova em branco e agora precisava decidir.
[[Colar da colega ao lado]]
[[Não colar e entregar a prova em branco]]Pedro resolveu colar de sua colega ao lado que se chamava Sara, quando se conectou a mente dela, logo ouviu bem alto seus pensamentos, as respostas saltando para todos os lados em sua mente. Ele se concentrou para organizar a bagunça de pensamentos que captou dela e começou a escrever em sua prova, alguns minutos depois, ainda conectado à mente de Sara, ele começou a captar pensamentos e sentimentos estranhos vindos dela.
Sara começou a duvidar de suas respostas, o que desencadeou uma torrente de pensamentos de insegurança, angustia e tristeza vindos de suas memórias. Pedro logo percebeu que por trás de toda aquela frágil confiança havia uma tonelada de pensamentos autodestrutivos, eram tantos que ele não conseguiu evitar e os absorveu junto. Sentindo toda a dor e angustia que Sara carregava consigo, Pedro ficou em dúvida se deveria fazer algo para ajudá-la, talvez conversar com ela, ou deixá-la em paz e esperar que ela conseguisse resolver seus problemas sozinha.
[[Ajudar]]
[[Não Ajudar]]Pedro decide que não vai colar. Não gosta da ideia de ficar usando seus poderes para benefício próprio. Vai assumir as consequências de seus atos, no caso ele não estava preparado para a prova. Na próxima seria diferente.
Entrega sua prova em branco e vai até o centro acadêmico dar uma lida no conteúdo que perdeu. Ia ser uma boa já que depois das avaliações os alunos geralmente iam para o bar e ele preferia ficar sozinho, se sentia mais confortável assim. Afinal, ficaria sempre tentado a ler os pensamentos dos outros ao seu redor. Quanto mais ele puder observar a mente humana, melhor.
Chegando no centro acadêmico percebe que tem dois vultos lá dentro. Desapontado mas não desmotivado resolve entrar mesmo assim. São Ana e Marcos, do 5º e 6º período do curso. Pedro tem uma queda pelos dois, nunca se decidiu entre qual deles, Aliás nunca teve coragem de entrar na mente de nenhum dos dois. Ficava intimidado pela ideia de saber o que pensavam ou não sobre ele. Nesse dia estava se sentindo particularmente ousado.
Entra na sala e recebe um cumprimento caloroso de Ana e um aceno de cabeça de Marcos.
“Ah, quer saber, já fui mal na prova mesmo, só uma espiadinha não vai fazer mal a ninguém.. Estudo depois!”
[[Ler mente de Marcos]]
[[Ler mente de Ana]]Pedro entregou sua prova logo depois de Sara, ao sair da sala ele a chamou para conversar.
-Oi Sara, foi bem na prova?
-Ah, oi Pedro, acho que sim, mas sei lá... – Ela não terminou a frase, olhou para baixo enquanto dava leves batidas com o pé na parede próximo ao chão.
-Está tudo bem? Eu não pude deixar de nota que você tem parecido triste, angustiada, meio reclusa esse dias. Se você estiver passando por algum problema, pode contar com minha ajuda, ou se quiser compartilhar algo apenas conversando.
-Ah não, não, não é nada, eu estou bem... Quer dizer, mais ou menos. Ah deixa pra lá, não quero te incomodar com minhas coisas.
-Imagina Sara, eu estou aqui pra isso, para te ajudar.
Sara ainda ficou meio insegura, então Pedro resolveu ouvir o que ela estava pensando, antes de tomar alguma decisão.
-Porque ele quer tanto saber sobre o que eu estou passando? Qual é o problema dele? Como foi que ele descobriu que eu estou tão mal assim? Será que ele sabe? Não, não é possível. E agora o que eu faço? Se eu contar, eu posso piorar ainda mais as coisas. A gente só se conhece há alguns meses, eu não sei quase nada sobre ele. Mas ele parece ser um cara legal, acho que ele vai entender. Mas será? – Sara pensava, se enchendo de perguntas e dúvidas sobre Pedro.
Por um instante, ele se viu surpreso por ela ter tantas dúvidas sobre ele, afinal, ele pensava haver uma amizade entre os dois, ou pelo menos como colegas da faculdade. Mas ele entendeu que era algum problema muito pessoal, de família, pelo qual ela estava passando. Agora precisava ganhar a confiança dela, estava em dúvida se contava a Sara que podia ler seus pensamentos, ou insistia mais uma vez para ver se ela conseguiria confiar nele.
[[Contar a verdade]]
[[Insistir mais uma vez]]Pedro decide não se intrometer nos assuntos pessoais de Sara. Termina sua prova e a entrega, logo depois da colega. Nota que ela não está bem e se sente mal por não poder fazer nada para ajudá-la mas ao mesmo tempo se sente muito invasivo por ter entrado nos pensamentos dela daquela maneira. Com o peso na consciência, pondera se deve puxar assunto ou se apenas segue com sua vida normalmente como tem tentado fazer desde os seus 18 anos.
[[Puxar assunto]]
[[Seguir com a vida]]-Sara, eu estou tentando te ajudar porque já sei pelo que você está passando, mas não precisa passar por isso sozinha, quero poder te ajudar, como um amigo de verdade.
-O que, como assim você sabe pelo que estou passando?
-Como você pode perceber eu não tenho muitos amigos, então ninguém sabe disso, além da minha família, mas... Eu consigo ler a mente das pessoas, ouvir seus pensamentos, saber o que sentem. Durante a prova, acabei ouvindo os seus e pensei que poderia te ajudar.
Sara por um segundo quis rir na cara dele, mas depois fez uma expressão que parecia ser uma mistura de repulsa e medo.
-Qual é o seu problema? Você é maluco ou o que? Por favor, se afaste de mim e não fale mais comigo, senão eu vou a diretoria e faço uma queixa sua. Seu maluco babaca!
Pedro se afastou e Sara saiu correndo pelo corredor. Decepcionado e triste por ela não ter acreditado nele, mais ainda por ter estragado a chance de ter feito uma amizade com quem pudesse compartilhar seu segredo, e ainda por não ter conseguido ajuda-la. Ele colocou seu capuz e foi embora para casa, sozinho mais uma vez, refletindo sobre o quão inesperado pode ser a reação de uma pessoa, mesmo sabendo tudo o que ela pensa, ainda havia muito o que aprender sobre as pessoas.
[[Começar novamente|Início]]-Olha, eu sei que a gente não se conhece muito bem, nunca trocamos mais do que algumas frases sobre dúvidas durante as aulas, mas, eu sinto como se fossemos amigos há muito tempo, e quando te vi hoje durante a prova, você não parecia estar nada bem, como se algo estivesse te atrapalhando de se concentrar na prova. Então, eu não quero parecer nenhum maluco intrometido, nem nada do tipo, só queria que você soubesse que tem um amigo aqui se precisar.
Sara ficou um pouco espantada com tudo o que ele disse, mas ao mesmo tempo mais segura e confortável com a oferta de ajuda de Pedro.
-Nossa, eu não sabia que você assim tão gentil, você se importa de verdade com as pessoas ao seu redor Pedro, obrigado por se preocupar comigo. Tanta coisa tem acontecido, que eu nem tenho reparado nas pessoas ao meu redor. É muita pressão, você não faz ideia, eu inclusive estou cogitando trancar a faculdade.
-Mas o que está acontecendo? É algum problema de família?
-Sim, minha mãe, somos só eu e ela lá em casa, e há algumas semanas ela foi diagnosticada com câncer no cérebro, ainda não está em estado crítico, mas o médico disse que não tem cura, nem tratamento que possa resolver. Ele disse que é uma questão de alguns meses até que ela piore de vez e...
Sara começou a chorar e Pedro tentou confortá-la com um abraço.
-Eu não sei o que vou fazer, não quero perde-la, não estou pronta. E depois o que farei sem ela? Preciso começar a procurar um emprego, dar um jeito em tudo. Fazer com que esse tempo que resta à ela, seja o mais proveitoso e tranquilo possível. Mas ainda tem a faculdade, eu não sei se consigo dar conta de tudo isso sozinha.
-Você não está sozinha, você tem a mim, como eu te disse, você pode contar comigo pra tudo. Eu posso te ajudar, damos um jeito juntos.
-Muito obrigada, muito obrigada mesmo. Gostaria que o mundo tivesse mais pessoas boas como você Pedro.
Sara o abraçou bem forte e disse que precisava ir para casa, ela o convidou para que a acompanhasse, queria que ele conhecesse sua mãe. Pedro aceitou e então saíram juntos pelo corredor.
Nesse momento ele refletiu sobre o quão diferente poderia ter sido o rumo da conversa se tivesse decidido contar sobre seu segredo naquele momento, ainda bem que fez a escolha certa, pois agora conseguiu uma amiga, um pequeno passo, mas que fazia muita diferença para ele, pois nunca havia conseguido fazer amigos de verdade, com quem pudesse compartilhar tudo, mas com Sara, ele sentiu que logo poderia ser ele mesmo sem se sentir uma aberração ou algo do tipo, pois já não estava mais excluído.
[[Começar novamente|Início]]Pedro resolve puxar assunto com Sara.
-Ei Sara, tudo bem? Como acha que foi na prova?
-Ai Pedro, nem sei. No começo eu estava indo muito bem, depois me distraí e acabei ficando muito nervosa. Tenho medo de acabar perdendo a bolsa por causa dessa nota… Mas e você? Como acha que foi?
Ele fica sem graça.
-Ah eu meio que colei.. Não estava muito preparado de conteúdo dessa vez, mas geralmente acabo tendo nota pelo menos para passar na matéria.
Sara parece meio apressada, juntando suas coisas diz rapidamente:
-Pedro, putz, tenho que correr. Se me demorar muito acabo perdendo o ônibus. Mas a gente se fala outra hora viu, se cuida!
Dizendo isso ela atravessa o corredor à caminho da saída. Pedro resolve dar uma espiadinha na mente da garota, esperando que ela esteja mais calma.
“Poxa, que bacana o Pedro vir puxar assunto, pena q eu estava muito nervosa e acabei me embaralhando com o horário. Sei lá, fiquei feliz por uma coisinha boba..”
Aliviado, se despede do professor e vai para casa, contente por ter feito uma pequena diferença no dia de Sara, que pelo que percebeu, significou muita coisa.
[[Começar novamente|Início]]Pedro guarda o material e resolve ir para casa. Chega de usar os poderes para se intrometer tanto na vida dos outros.. Se despede do professor e vai até o refeitório comprar um lanche. Percebe um aglomerado de pessoas na porta do bloco e fica curioso. Caminha até eles, evitando usar seus poderes.
Reconhece um de seus professores na multidão e resolve matar a curiosidade.
Oi professor Arthur, o que é que está acontecendo aqui? Não pude deixar de notar a movimentação..
Pedro do céu, um aluno acabou de ser atropelado aqui na frente virando a esquina. Ainda não sei bem o que aconteceu mas espero que não tenha sido nada grave..
O coração dele de repente dispara mas não conseguia saber o porquê. Seus sentimentos estavam todos alterados e, abruptamente, nada. Ele conseguiu identificar de onde vinha toda aquela tempestade de medo, dor e angústia. Ele se lembrou. Era da mente de Sara. Quando ela terminou a prova, saiu apressada. Pedro nem percebeu. Soube mais tarde que a colega havia atravessado a rua e foi atropelada por um motorista distraído em alta velocidade. Sara acabou não resistindo ao acidente naquela tarde. Se ela tivesse se demorado mais alguns minutos, quem sabe aquilo tudo não poderia ter sido evitado.
[[Começar novamente|Início]]“Hummm… Quero saber o que o Marcos acha de mim, me cumprimentou de um jeito tão rude. Sei que não somos amigos nem nada mas, poxa, despertou minha curiosidade..”
Se concentra nas feições do rapaz e põe suas habilidades em prática. É bombardeado com sentimentos de exaustão. Entende o porquê de o tê-lo tratado daquele jeito. Pelo que entendeu, Marcos estava sobrecarregado por estagiar durante a manhã e passar a tarde toda no campus, não tendo tempo para descanso quando chega em casa, já que mora sozinho e todas as responsabilidades são dele e somente dele. Subitamente Marcos nota Pedro o encarando e fica nervoso, aparentemente desconfortável.
Pedro resolve disfarçar. Na verdade estava tão absorto nos pensamentos e sentimentos do outro que acabou esquecendo o que fazia fora da mente. Pega seu livro e se esconde por trás. Nesse momento percebe o menino vindo na direção dele.
[[Conversar com Marcos]]
[[Esquivar-se]]
“Hummm… Quero saber o que a Ana acha de mim, ela me cumprimentou de um jeito tão animado. Quem sabe não tem algo de interessante aí, despertou minha curiosidade..”
Se concentra nas feições da moça e põe suas habilidades em prática. É bombardeado com sentimentos de ansiedade e frustração. Percebe que ela está enfrentando problemas com a família e isso vem afetando seu desempenho na universidade. Subitamente Ana nota Pedro a encarando e fica nervosa mas abre um enorme sorriso.
Pedro resolve disfarçar. Na verdade estava tão absorto nos pensamentos e sentimentos da garota que acabou esquecendo o que fazia fora da mente. Pega seu livro e se esconde por trás. Nesse momento percebe-a vindo em sua direção.
[[Conversar com Ana]]
[[Esquivar]]Marcos vem na direção de Pedro com um semblante amigável.
-Ei cara, e aí.. Tu tá estudando pra matéria do Rafael? Soube que esse semestre ele resolveu pegar pesado com a galera.
Surpreso responde:
-Estudando atrasado na verdade, acabei de sair da prova dele e acabei devolvendo em branco. Eu tentei conversar com ele que não estava preparado pro conteúdo da prova porque tive que fazer uma viagem de saúde no início do bimestre mas ele disse que não podia fazer nada..
-Eita hahah, melhor se cuidar na próxima. Lembro que ele costumava ser mais compreensivo com o pessoal quando fiz as matérias dele… Mas e então, o que tu acha de a gente ir tomar um café e te ajudar com a matéria. Eu percebi que você tá meio perdido já que o livro está de ponta cabeça e tal..
Pedro fica roxo de vergonha e não consegue segurar o riso. Tenta disfarçar:
-Ai, olha… eu não sei nem mais o que eu estou fazendo hahahaha. Mas aceito seu convite sim..
Entra na mente de Marcos temendo ser algum tipo de pegadinha ou mal entendido, já que eles nunca haviam trocado meias palavras. Fica surpreso ao perceber os sentimentos de ansiedade do rapaz. Percebe ser um bom sinal, sua paixonite provavelmente é correspondida.
Descem juntos até o refeitório, Pedro todo animado por descobrir o interesse mútuo do rapaz.
[[Começar novamente|Início]]Marcos vem na direção de Pedro com um semblante amigável.
-Ei cara, e aí.. Tu tá estudando pra matéria do Rafael? Soube que esse semestre ele resolveu pegar pesado com a galera.
Surpreso responde:
-Estudando atrasado na verdade, acabei de sair da prova dele e acabei devolvendo em branco. Eu tentei conversar com ele que não estava preparado pro conteúdo da prova porque tive que fazer uma viagem de saúde no início do bimestre mas ele disse que não podia fazer nada..
-Eita hahah, melhor se cuidar na próxima. Lembro que ele costumava ser mais compreensivo com o pessoal quando fiz as matérias dele… Mas e então, o que tu acha de a gente ir tomar um café e te ajudar com a matéria. Eu percebi que você tá meio perdido já que o livro está de ponta cabeça e tal..
Pedro fica roxo de vergonha e acaba se atrapalhando todo.
-Nossa não dá, eu tô super atrasado pro médico. Ultimamente não tenho enxergado muito bem, tá vendo só...
Levanta em um pulo e sai às pressas da sala. “Foi melhor assim, é muito difícil fazer contato humano. Melhor ficar só lendo pensamentos mesmo, assim posso admirar de longe sem correr riscos.”
[[Começar novamente|Início]]Ana vem na direção de Pedro com um sorriso enorme estampado.
-Oi Pedro, tá estudando pra matéria do Rafael? Soube que esse semestre ele andou enfrentando uns problemas com o reitor e acabou tendo que ser mais rígido com as turmas.
Surpreso responde:
-Estudando atrasado na verdade, acabei de sair da prova dele e devolvi tudo em branco. Eu tentei conversar com ele que não estava preparado para o conteúdo da prova porque tive uns problemas de saúde no início do bimestre mas ele disse que não podia fazer nada.. Mas agora entendo que a culpa não é dele.
-Pois é, que pena. Se isso fosse no semestre passado ele ia dar um jeitinho. Ele é ótimo, o problema é que estava fazendo de tudo e um pouco mais pelos alunos e isso acabou afetando o rendimento dele dentro da universidade como professor. Mas pelo menos agora está tudo bem contigo?
-Ah, por enquanto estou bem melhor. Na verdade eu aprendi a aceitar os meus problemas de saúde e estou tratando tudo direitinho, minha família tem me apoiado bastante.
-Poxa, fico muito feliz por ti… Sei como é lidar com essas coisas na vida que não temos como evitar. Mas ei, o que acha de irmos tomar um café e de eu te dar uma ajudinha com o conteúdo? Percebi que você tá meio perdidinho já que o livro está de ponta cabeça e tal..
Pedro fica roxo de vergonha e não consegue segurar o riso. Tenta disfarçar:
-Ai, olha… eu não sei nem mais o que eu estou fazendo hahahaha. Mas aceito seu convite sim..
Entra na mente de Ana para entender as reais intenções dela. Fica surpreso ao perceber os sentimentos da jovem. Parece ser um ótimo sinal, sua paixonite provavelmente é correspondida.
Descem juntos até o refeitório, Pedro todo animado por descobrir o interesse mútuo de Ana e ainda ter conseguido ter uma boa conversa com ela sem se aproveitar de sua habilidade.
[[Começar novamente|Início]]Ana vem na direção de Pedro com um sorriso enorme estampado.
-Oi Pedro, tá estudando pra matéria do Rafael? Soube que esse semestre ele andou enfrentando uns problemas com o reitor e acabou tendo que ser mais rígido com as turmas.
Surpreso responde:
-Estudando atrasado na verdade, acabei de sair da prova dele e devolvi tudo em branco. Eu tentei conversar com ele que não estava preparado para o conteúdo da prova porque tive uns problemas de saúde no início do bimestre mas ele disse que não podia fazer nada.. Mas agora entendo que a culpa não é dele.
-Pois é, que pena. Se isso fosse no semestre passado ele ia dar um jeitinho. Ele é ótimo, o problema é que estava fazendo de tudo e um pouco mais pelos alunos e isso acabou afetando o rendimento dele dentro da universidade como professor. Mas pelo menos agora está tudo bem contigo?
-Ah, por enquanto estou bem melhor. Na verdade eu aprendi a aceitar os meus problemas de saúde e estou tratando tudo direitinho, minha família tem me apoiado bastante.
-Poxa, fico muito feliz por ti… Sei como é lidar com essas coisas na vida que não temos como evitar. Mas ei, o que acha de irmos tomar um café e de eu te dar uma ajudinha com o conteúdo? Percebi que você tá meio perdidinho já que o livro está de ponta cabeça e tal..
Pedro fica roxo de vergonha e não consegue segurar o riso. Tenta disfarçar:
-Nossa não dá, eu tô super atrasado pro médico. Ultimamente não tenho enxergado muito bem, tá vendo só...
Levanta em um pulo e sai às pressas da sala. “Foi melhor assim, é muito difícil fazer contato humano. Melhor ficar só lendo pensamentos mesmo, assim posso admirar de longe sem correr riscos.”
[[Começar novamente|Início]]